Sindrome do desfiladerio torácico


A síndrome do desfiladeiro torácico resulta de uma constelação de sintomas, resultante da compressão do feixe neurovascular dos membros superiores quando este atravessa o canal cervicoaxilar, compreendendo três espaços potenciais. Estes são o espaço triangular entre os músculos escalenos, o espaço costoclavicular e o espaço peitoral menor sob o músculo peitoral menor. As manifestações clínicas dependem de qual componente é comprimido, se neural ou vascular ou ambos. Sintomas neurológicos predominam em muitos pacientes. Dor, parestesia e frialdade são os principais sintomas, com irradiação do pescoço e ombro para o braço e mão, especialmente envolvendo o quarto e quinto quirodáctilos. Fraqueza e atrofia dos músculos intrínsecos da mão são tardios. Os sintomas vasculares consistem de descoloração, mudança de temperatura, congestão de toda a mão, dor aos movimentos e fenômeno de Raynaud. Pode haver uma síndrome do túnel do carpo concomitante. As anomalias anatômicas associadas à esta condição incluem costelas cervicais com ou sem feixes cervicais, anomalias do primeiro arco costal, alongamento de um processo transverso cervical, hipertrofia do músculo escaleno anterior e auneurismas pós-necróticos da artéria subclávia. Muitas vezes, a causa é uma alteração funcional na abertura torácica por envelhecimento sem defeitos anatômicos significativos.

O diagnóstico desta síndrome necessita de um exame neurológico cuidadoso e avaliação do comprometimento arterial e venoso. É importante investigar a existências de atividades ocupacionais e de outros problemas agravantes. Pintores, soldadores, carteiros e mecânicos de automóveis que, freqüentemente, trabalham com seus braços acima do nível da cabeça podem adquirir a síndrome durante a hiperabdução. Posição de hiperabdução dos braços ao dormir e ombros caídos para diante, por vida sedentária, podem também provocar sintomas. Os testes físicos para determinar a existência de compressão do feixe neurovascular incluem o teste de Adson, o teste de Roos e o teste de hiperabdução. O teste de Adson consiste em abduzir o braço do paciente a 30° e estender, solicitar que o paciente vire a cabeça em direção ao lado que está sendo examinado e inspirar profundamente. O examinador palpa o pulso radial e o teste é positivo quando o pulso se torna fraco ou desaparece. No teste de Roos, o paciente deve abduzir o ombro afetado à 90°, enquanto flexiona o cotovelo também à 90°. O paciente deve então abrir e fechar a mão por 15 vezes. A ocorrência de insensibilidade, cãibra ou fraqueza ou a incapacidade de completar o número solicitado de repetições sugerem a presença de síndrome do desfiladeiro torácico. O teste da hiperabdução reproduz os sintomas desta síndrome quando o paciente faz uma circundação lateral dos braços e bate palmas sobre a cabeça. Isto resulta em compressão do feixe neurovascular sob a inserção do tendão do músculo peitoral menor no processo coracóide.

O tratamento da síndrome do desfiladeiro torácico geralmente é conservador. Orientação postural deve ser sempre enfatizada, além do fortalecimento dos músculos escalenos e peitoral juntamente com mobilização da escápula e fortalecimento de toda a musculatura do ombro. Nos casos severos, a primeira costela e o músculo escaleno podem ser ressecados.




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