Artrite reumatoide: exercícios previnem e amenizam deformações

Músculos fortes - foto: Getty Images

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória autoimune, ou seja, anticorpos do próprio corpo reagem contra o organismo, no caso, contra a membrana sinovial - estrutura que compõe as articulações. Se não for tratada adequadamente, ela pode causar deformidades, principalmente nas pequenas articulações das mãos, punhos e pés e, com isso, limitar a capacidade funcional, tornando os portadores cada vez mais dependentes de ajuda.

Ainda não se sabe exatamente quais são as causas da artrite reumatoide. Sabe-se apenas que ela é uma doença multifatorial, que envolve, principalmente, fatores genéticos e ambientais.

No entanto, são bem conhecidas as formas de lidar com a doença, retardando sua progressão e aumentando a independência do portador. Além do tratamento medicamentoso, os exercícios físicos são importantes aliados. Não perca mais tempo e comece a se exercitar antes que apareçam as deformidades.

Músculos mais fortes protegem as articulações

Músculos mais fortes ajudam a proteger a articulação inflamada pela doença autoimune. A fisioterapia é fundamental em todas as fases da doença, seu objetivo é corrigir e prevenir a perda ou a limitação do movimento articular, a atrofia e a fraqueza muscular e a instabilidade das articulações.

No início, a médica recomenda que a reabilitação seja feita com exercícios isométricos (feitos com a contração muscular sem o movimento do membro) e, posteriormente, com exercícios isotônicos (que envolvem a mesma contração muscular, mas agora com o movimento), introduzindo lentamente exercícios com carga. Após um período de 12 a 16 semanas, dependendo da evolução de cada paciente, é possível iniciar exercícios de fortalecimento. E depois desse tempo também que começam a aparecer os benefícios.

Alongamento - foto: Getty Images

Alongamentos aumentam a amplitude de movimento

Quanto mais cedo for iniciada a fisioterapia, menor será o prejuízo para os movimentos. Além da prevenção, os exercícios de alongamento também aumentam a amplitude do movimento das articulações já prejudicadas, mas que não apresentam destruição irreversível. Infelizmente, se a rigidez já estiver em estágio mais grave, a técnica não vai trazer mais benefícios.

Dor articular - foto: Getty Images

O exercício pode amenizar a dor articular

Os exercícios que promovem o ganho de força muscular ajudam a liberar mediadores químicos que diminuem a inflamação, a dor e ainda proporcionam a sensação de bem-estar - neste caso, em razão da liberação do hormônio serotonina.

Caminhada - foto: Getty Images

A diminuição do peso corporal

O equilíbrio do peso diminui a sobrecarga articular, principalmente nas articulações dos joelhos, tornozelos e pés. Assim fica mais fácil controlar a doença, evitando dores e mantendo a funcionalidade corporal.

Idosa usando andador - foto: Getty Images

Mais independência e qualidade de vida

O exercício físico ajuda a melhorar as funções articulares, fazendo com que as articulações inflamem menos, evitando desgaste da cartilagem das articulações e deformidades irreversíveis. Além disso, ele dá mais disposição e energia para encarar os desafios do dia a dia.

Mulher correndo no parque - foto: Getty Images

Previne doenças cardiovasculares

A artrite reumatoide ataca o organismo como um todo, e, além das articulações, quem também sente seus efeitos é o sistema cardiovascular. O risco de eventos como infarto e acidente vascular encefálico é maior no portador da doença. Praticar exercícios físicos, em conjunto com uma dieta balanceada, ajuda no controle do peso e, em consequência, reduz as chances de aparecimento de uma doença cardiovascular.

Consulta médica - foto: Getty Images

Cuidados indispensáveis

Mesmo os pacientes em fase inflamatória da doença, com dor e inchaço articular, podem se exercitar". Mas há cuidados indispensáveis:

- O controle da força muscular deve ser acompanhado de perto por um profissional especializado, evitando que os pacientes tenham dor e prejuízo da função articular;

- A participação de uma equipe multidisciplinar - composta por médico, fisioterapeutas, nutricionistas e educador físico - é essencial para o controle da artrite, bem como para garantir a sua boa condição física para a prática de exercícios.

- É indispensável que o paciente esteja fazendo o correto uso da medicação. A atividade física não substitui o remédio.




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