Fisioterapia na Artrite Reumatoide: Técnicas Avançadas para Melhorar a Funcionalidade Articular

 

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, inflamatória, crônica e progressiva que atinge principalmente as articulações sinoviais, levando à dor, edema, rigidez, deformidades e perda funcional. Sua incidência cresce a cada ano e, embora o tratamento farmacológico seja indispensável, a atuação do fisioterapeuta é determinante para preservar a função articular e garantir autonomia ao paciente.

Neste artigo, vamos explorar como a fisioterapia atua na artrite reumatoide, com foco em técnicas avançadas, evidências clínicas e estratégias terapêuticas para promover qualidade de vida, independência funcional e controle da dor.

🔎 Por que a fisioterapia é indispensável no tratamento da AR?

A artrite reumatoide é sistêmica, ou seja, afeta o corpo como um todo, mas os sintomas mais comuns se manifestam nas articulações das mãos, punhos, joelhos e pés. Ao longo do tempo, o processo inflamatório leva à destruição da cartilagem e do osso subcondral, dificultando movimentos simples do dia a dia como segurar objetos, caminhar ou se levantar de uma cadeira.

Aqui entra o papel essencial da fisioterapia: preservar a função articular, prevenir deformidades e promover a reabilitação da capacidade funcional do paciente.

🎯 Objetivos da fisioterapia na artrite reumatoide

  • Aliviar dor e rigidez matinal

  • Manter ou restaurar a mobilidade articular

  • Prevenir ou minimizar deformidades

  • Reforçar a musculatura ao redor das articulações

  • Melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida

  • Promover autonomia e independência

🧠 Abordagem baseada em fases da doença

A fisioterapia na AR deve respeitar o período da doença (fase ativa vs. fase de remissão), pois o tipo de intervenção muda radicalmente:

🔥 Fase aguda (ativa)

Quando há inflamação ativa, dor intensa e calor articular, a abordagem deve ser cautelosa:

  • Crioterapia localizada

  • Movimentos passivos suaves

  • Posicionamentos antideformidades

  • Repouso articular assistido com órteses

  • Orientações ergonômicas para redução de sobrecarga

🌿 Fase subaguda ou de remissão

Com a inflamação controlada, o foco passa a ser recuperar mobilidade, força e funcionalidade:

  • Cinesioterapia ativa assistida e ativa

  • Alongamentos globais e específicos

  • Fortalecimento isométrico e isotônico leve a moderado

  • Treinamento funcional com ênfase nas AVDs (atividades da vida diária)

  • Exercícios aeróbicos de baixo impacto (como bicicleta ergométrica ou hidroterapia)

💡 Técnicas avançadas com boa evidência na AR

1. Hidroterapia

Comprovadamente eficaz, a imersão em água morna reduz o peso sobre as articulações e favorece a realização de movimentos com menos dor. Ideal para pacientes com AR de longa duração e comprometimento articular severo.

2. Treinamento funcional e proprioceptivo

Além do ganho muscular, o treino funcional ajuda o paciente a readquirir autonomia. Já a propriocepção é essencial para estabilizar articulações frágeis, como punhos e tornozelos, prevenindo quedas e microtraumas.

3. Bandagens funcionais e kinesio taping

Aplicadas com o objetivo de melhorar o alinhamento articular, reduzir dor e dar feedback sensorial, essas técnicas têm ganhado espaço na reumatologia clínica.

4. Eletroterapia analgésica

O uso do TENS, da corrente interferencial ou da corrente russa pode auxiliar na redução da dor e no estímulo à musculatura enfraquecida, especialmente em fases de menor tolerância ao exercício.

5. Órteses funcionais

Importantes aliadas na proteção articular e no reposicionamento de estruturas deformadas. A escolha deve ser personalizada e, quando possível, feita em conjunto com terapia ocupacional.

📌 Cuidados essenciais na abordagem fisioterapêutica

  • Sempre avaliar a atividade inflamatória antes de prescrever exercícios;

  • Evitar exercícios resistidos intensos durante crises agudas;

  • Monitorar sinais de fadiga, dor exacerbada ou perda de mobilidade após a sessão;

  • Integrar a equipe multiprofissional, especialmente com reumatologistas e terapeutas ocupacionais.

✅ Fisioterapia é estratégia de longo prazo

É importante lembrar ao paciente que a fisioterapia não é apenas para os momentos de crise. Ela precisa ser contínua e planejada, para que o paciente mantenha sua capacidade funcional e evite complicações futuras.

A educação em saúde também é uma parte central da atuação fisioterapêutica. Ensinar o paciente sobre ergonomia, conservação de energia, uso de utensílios adaptados e cuidados com posturas pode fazer toda a diferença no dia a dia e no controle da dor crônica.

📢 Vamos Concluir?

A fisioterapia na artrite reumatoide não é um coadjuvante — é parte central de um plano terapêutico eficaz. Com conhecimento clínico, estratégias personalizadas e um olhar funcional, o fisioterapeuta pode transformar a vida de quem convive com AR, promovendo movimento, autonomia e dignidade.



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