Mobilização Articular no Tratamento de Osteoartrite: Resultados Comprovados pela Fisioterapia
A osteoartrite (OA) — também conhecida como artrose — é uma das principais causas de dor e incapacidade funcional entre adultos e idosos. Caracterizada pela degeneração progressiva da cartilagem articular e alterações osteofíticas, ela compromete a qualidade de vida, restringe o movimento e gera uma grande sobrecarga nos sistemas de saúde.
Na prática fisioterapêutica, a mobilização articular tem se mostrado uma estratégia clínica poderosa no alívio da dor e na melhora da função articular. Mas como aplicá-la com segurança e eficácia? Quais são os resultados que realmente podemos esperar? É isso que vamos explorar neste artigo completo.
🎯 Osteoartrite e as limitações funcionais
A OA é uma doença biomecânica e inflamatória, frequentemente agravada por sobrecarga mecânica, má postura, desequilíbrios musculares e fatores metabólicos. Os locais mais acometidos incluem:
-
Joelhos
-
Quadris
-
Mãos (interfalângicas e trapézio-metacarpiana)
-
Coluna cervical e lombar
A dor, rigidez matinal e limitação da amplitude de movimento são sintomas centrais. O paciente passa a evitar o uso da articulação, o que leva à perda de mobilidade e fraqueza muscular — formando um ciclo de inatividade e progressão da incapacidade funcional.
🧩 A mobilização articular como abordagem terapêutica
A mobilização articular é uma técnica de terapia manual utilizada para restaurar o movimento normal entre as superfícies articulares, melhorar a nutrição da cartilagem e reduzir padrões nociceptivos locais.
Ela é classificada em diferentes graus, conforme a técnica de Maitland:
-
Grau I e II: Pequenos deslizamentos, usados para controle da dor;
-
Grau III e IV: Movimentos maiores, voltados para ganho de amplitude de movimento;
-
Grau V: Manipulação com impulso (não é o foco da OA, por ser mais agressiva).
Na osteoartrite, a prioridade geralmente é o uso de mobilizações de baixo a médio grau, aplicadas de forma controlada e repetida para restaurar o movimento sem agredir a articulação.
✅ Benefícios comprovados da mobilização articular na OA
📌 1. Redução da dor
Estudos mostram que a mobilização articular pode modular os receptores de dor periféricos e centrais, reduzindo a sensibilidade à dor e diminuindo a necessidade de analgésicos.
📌 2. Melhora da amplitude de movimento (ADM)
As técnicas de deslizamento e tração aplicadas de forma direcionada contribuem para o destravamento articular, permitindo que o paciente se movimente com maior liberdade e segurança.
📌 3. Efeito proprioceptivo
O estímulo articular favorece a reeducação neuromuscular, promovendo melhora do controle postural e da coordenação motora, fundamentais para prevenir quedas em idosos com OA.
📌 4. Lubrificação e nutrição articular
A mobilização ativa a circulação de líquido sinovial, responsável por nutrir a cartilagem articular — algo especialmente importante em articulações que sofrem com a hipomobilidade típica da OA.
📚 Evidência clínica: o que os estudos dizem?
Um estudo publicado no Journal of Manual & Manipulative Therapy mostrou que a mobilização articular, associada à cinesioterapia, promoveu maior alívio da dor e ganho funcional em comparação com o exercício isolado em pacientes com osteoartrite de joelho.
Outras revisões sistemáticas destacam que a terapia manual pode ser especialmente eficaz em fases iniciais a moderadas da doença, e deve sempre ser integrada com exercícios terapêuticos individualizados.
🧠 Dicas práticas para aplicação clínica
-
Sempre inicie com mobilizações de grau I ou II para avaliar a resposta do paciente;
-
Priorize movimentos oscilatórios lentos e confortáveis nas articulações com dor;
-
Combine com exercícios ativos após a mobilização, para fixar o novo padrão de movimento;
-
Evite mobilizações forçadas em casos avançados, com osteófitos ou dor aguda intensa;
-
Adapte o plano terapêutico conforme o nível de dor, mobilidade e estabilidade articular.
🤝 Mobilização articular não é solução isolada
A mobilização articular não deve ser vista como uma técnica isolada, mas sim como parte de um plano terapêutico abrangente. Para o paciente com osteoartrite, ela deve vir acompanhada de:
-
Fortalecimento muscular (principalmente de quadríceps e glúteos, no caso de OA de joelho);
-
Treino funcional e de equilíbrio;
-
Educação postural e ergonomia;
-
Controle de peso corporal e hábitos de vida saudáveis.
📢 Vamos Concluir?
A mobilização articular na osteoartrite é uma estratégia fisioterapêutica valiosa, segura e embasada em evidências, especialmente quando usada de forma integrada com exercícios terapêuticos e educação em saúde.
Mais do que restaurar o movimento, ela contribui para devolver a autonomia, o conforto e a confiança no corpo — aspectos essenciais para a qualidade de vida de quem convive com a OA.
Temos um EBOOK Gratuito pra te Oferecer, o Ebook Fisioterapia Artrose de Quadril. Basta clicar aqui
Se quiser receber mais textos como esse, entre no grupo de Whatsapp para receber textos e informações do nosso material.
Você pode ter um material mais aprofundado sobre esse tema. A Quero Conteúdo disponibiliza dezenas de materiais sobre Fisioterapia para estudantes e profissionais. Entre em contato com nossa consultora clicando na imagem abaixo!
Nenhum comentário: