Efeitos da hidrocinesioterapia na dor em indivíduos com osteoartrose
 
 
Segundo  Serra, Petit e Carril (2001), a artrose ou osteoartrose  		refere-se ao  processo degenerativo que acomete as articulações. As  		alterações  começam na cartilagem articular, que sofre um processo de  		 reamolecimento e deterioração, chegando inclusive a desaparecer em   fases  		avançadas. O osso subcondral também sofre mudanças que se  traduzem em  um  		aumento de densidade ou esclerose e na formação  ocasional de cistos ou   		partes ocas. Nas margens articulares aparecem  prolongações ósseas do  		osso subcondral, de forma irregular e tamanho  variável, denominada  		osteófitos, que constituem o sinal mais  característico da artrose.
 
 O paciente com artrose padecerá  sempre com dor, em maior ou menor  grau;  		sofrerá também uma limitação  funcional, que poderá ser discreta ou  		invalidante, ainda que, hoje  em dia, graças à evolução dos tratamentos   		(especialmente da  cirurgia), o paciente artrótico raramente se veja  		convertido em um  inválido, ainda que tenha dificuldades para realizar  as  		atividades  da vida diária, e, finalmente é consciente de que a doença  		durará  toda a vida (SERRA, PETIT e CARRIL, 2001). 
 
 Segundo Yoshinari e  Bonfá (2000), a maior parte dos estudos  		epidemiológicos da  osteoartrose baseia-se em avaliações radiográficas.  A  		prevalência da  osteoartrose radiográfica se eleva progressivamente em  		todas as  articulações, 52% da população adulta apresentam sinais  		radiográficos  da osteoartrose de joelhos e, desses, 20% com quadro  		moderado ou  severo. Aos 40 anos de 10 a 20% das mulheres mostram a  		osteoartrose  avançada nas mãos e nos pés e, entre aos 60 e 70 anos,  75%  		têm  osteoartrose nas articulações interfalangeanas distais. Entre os  		 indivíduos na faixa entre 55 e 64 anos, 85% exibem algum grau de  		 osteoartrose em uma ou mais articulações e, acima dos 85 anos, a  		 prevalência da doença alcança cem por cento. 
 
 A osteoartrose de  mãos e joelhos é de 1,5 a 4 vezes mais freqüente nas   		mulheres; a  osteoartrose de quadril é menos prevalente, com discreta  		 predominância no homem. No Brasil, dados obtidos junto ao Instituto  		 Nacional de Previdência Social mostraram que, em 1974, as doenças  		 osteoarticulares foram responsáveis por 10,6% das faltas ao trabalho  		 (ocupando o terceiro lugar das causas de incapacidade, após as doenças    		mentais e as cardiovasculares). A osteoartrose foi, portanto, o  motivo   		do impedimento laborativo em 7,8% dos casos (YOSHINARI;  BONFÁ, 2000).
 
 É de etiologia desconhecida, embora se acredite  que haja um componente   		genético, ou podendo surgir através de  traumatismos, micro-traumas de  		repetição, sobrecarga, hiperfrouxidão  ligamentar e anomalias  congênitas  		(SERRA, PETIT e CARRIL, 2001). 
 
  Salter (1985), relata que o sintoma predominante é a dor que surge do   		osso, assim como da membrana sinovial e da cápsula fibrosa. A dor, a   		princípio sutil e mais tarde intensa, é intermitente. Agravada pelo  	 	movimento articular ("efeito de fricção"), se alivia com o repouso.  		 Eventualmente, porém, o paciente pode inclusive apresentar "dor em  		 repouso", provavelmente relacionada com a hiperemia do osso  subcondral.  		
 
 O paciente se torna consciente de que seus movimentos  articulares já  não  		são uniformes e que estão associados a vários  tipos de crepitação  		articular, tais como rangidos, chiados e estalos.  A articulação tende a   		se tornar rígida após certo período de  repouso, fenômeno denominado  		gelitificação articular. A articulação  comprometida perde cada vez  mais  		o movimento, de forma gradual;  eventualmente pode tornar-se tão rígida   		que a dor (associada a  movimento) diminui (SALTER, 1985).
 
 No exame físico, a  articulação comprometida mostra-se dolorosa à  		palpação e mobilização.  Os sinais inflamatórios habitualmente são  		brandos, quase sempre não  passando de um discreto edema. Em alguns  		casos, há derrame articular.  Osteófitos podem ser identificados quando   		proeminentes, como um  alargamento ou uma protuberância na interlinha  		articular de  consistência rígida (YOSHINARI; BONFÁ, 2000).
 
 A musculatura  correspondente à articulação pode estar hipotrofiada. A  		amplitude do  movimento articular pode ficar reduzida. As ocorrências  de  		evolução  mais grave mostram perda completa de movimento, deterioração  da  		 função articular e até anquilose. Deformidade, falta de alinhamento e  	 	instabilidades articulares podem acontecer (YOSHINARI; BONFÁ, 2000).
 
  Borg (2000), conceitua a dor como um termo antiqüíssimo e bem  		 estabelecido. Os dicionários fornecem definições constitucionais  		 basicamente do mesmo tipo ou contexto na maioria das línguas. "Dor:  		 Oposto de prazer; a sensação que o indivíduo percebe ao ferir-se (no  		 corpo e na mente); sofrimento, angústia. Sofrimento físico; uma   sensação  		angustiante, como a causada por uma contusão (habitualmente  em  		determinada parte do corpo). Sofrimento mental; confusão,  abatimento,  		tristeza". "Uma sensação desagradável, ocorrendo em graus  variáveis de   		intensidade, em conseqüência de uma lesão, moléstia ou  distúrbio  		emocional".
 
 Guyton (2002), relata que os  receptores da dor na pele e nos tecidos  são  		terminações nervosas  livres ou células intimamente conectadas a elas.  		Elas se encontram em  toda parte nas camadas superficiais da pele e,  		também, em certos  tecidos internos, tais como: periósteo, nas paredes  		das artérias e  nas superfícies articulares.
 
 Calliet (1999), relata que a dor  pode ter origem única (articular,  		muscular, visceral) ou múltipla, se  resulta de um único  comprometimento  		de duas ou mais estruturas  anatômicas distintas.
 
 As raízes nervosas destinadas às  articulações são formadas por fibras  		simpáticas e sensoriais  provenientes de numerosos segmentos espinhais e   		se distribuem  amplamente nos ligamentos, na cápsula articular e na  		membrana  sinovial, enquanto a cartilagem articular carece de  terminações  		 nervosas. As fibras sensoriais maiores formam terminações  		 proprioceptivas muito sensíveis à posição e ao movimento. As fibras  		 sensoriais menores formam terminações sensíveis à dor na cápsula  		 articular, nos ligamentos e na camada adventícia dos vasos sangüíneos   (CALLIET,  		1999).
 
 As terminações nervosas são particularmente  sensíveis à torção e à  		tração destas estruturas. A membrana  sinovial, pelo contrário, é  		relativamente insensível aos estímulos  dolorosos. A dor que se origina   		na cápsula articular ou na membrana  sinovial tende a ser difusa e  		discretamente localizada (CALLIET,  1999).
 
 Ainda Calliet (1999), relata que a dor articular pode  ser conseqüência   		de um processo inflamatório ou degenerativo, que  pode determinar  		alterações circulatórias locais com isquemia, que  representa a causa  		mais freqüente de dor neurogênica.
 
 As  causas de dor articular não são ainda totalmente conhecidas. Nos  		 últimos anos, aumentou o interesse por algumas substâncias (5 -  		 hidroxitriptamina ou serotonina, bradicinina, prostaglandinas), que  		 seriam capazes de modificar a sensibilidade das terminações nervosas  		 pela qual estas últimas reagiriam a pequenos estímulos provocadores de    		dor (CALLIET, 1999).
 
 Segundo Santos (1996), existem diversos  sistemas descendentes que  		desempenham um papel importante no  controle da modificação das vias  		descendentes de dor. Nociceptores  polinodais respondem a estímulos que   		lesam os tecidos; essa  estimulação resulta em impulsos ascendentes nas   		fibras A-delta  (finas, 2 – 4 m, mielinizadas, velocidade de condução =   		12 a 30 m/s,  bem localizadas) ou C (amielínicas, dor dolente,  duradoura  		e  difusa, velocidade de condução = +2m/s) para as camadas marginais do   	 	corno dorsal da medula espinhal. Fibras maiores ou mais grossas (12,  	 	14m) são mielinizados, têm limiar de estimulação mais baixo,   velocidade  		de condução bem mais alta; não diferenciam eventos inócuos  e nocivos;  		agem no controle da sensação dolorosa.
 
 As vias  responsáveis pela dor, a partir de um estímulo lesional  captado  		por  receptores nociceptivos – ligados a fibras nervosas periféricas de   		 pequeno calibre, mielinizadas ou amielínicas -, conduzem o estímulo  até   		o corno dorsal medular, onde fazem sinapses com os neurônios  		 secundários. O estimulo ascendente se distribui através de regiões  		 relativamente especificas da medula e do tronco cerebral, até alcançar  o   		tálamo e as áreas somatossensórias do córtex (SANTOS, 1996).
 
  Santos (1996), explica que esses estímulos são controlados através de   		sistemas modulatórios endógenos durante sua projeção ao longo das vias    		de condução. Ao nível medular, o estímulo é inibido em sua   retransmissão  		a partir das células da substância gelatinosa, que  fecha o chamado  		"sistema de comportas", após receber estímulos  inócuos conduzidos  		através das fibras aferentes de grande calibre.  Outros sistemas  		modulatórios promovem liberação de endorfinas (que  funcionam como  		opióides endógenos) através de neurônios à medula ou  de projeções  		ativadas a partir de centros superiores do sistema  nervoso central.
 
 As principais vias ascendentes nociceptivas  são os tratos  		espinotalâmicos e espinorreticulares. As vias  ascendentes de dor  		envolvem neurônios oligissinápticos e  polissinápticos. As vias  		oligossinápticas são condutoras rápidas, com  discreta organização  		somatotópica, com transmissão rápida da  informação nociceptiva  referente  		ao local, à intensidade e à duração  do estímulo; fornecem informações  		somáticas via núcleos ventrais  posteriores do tálamo, até o córtex  		pós-central. As vias  polissinápticas são condutoras lentas, sem  		organização somatotópicas,  com má localização, dor indefinida e  		sensações de queimação;  fornecem respostas reflexas supra-segmentares  		relacionadas à  ventilação, à circulação e à função endócrina (SANTOS,  		1996). 
 
  Dentro do campo da fisioterapia, o fisioterapeuta utiliza vários  		 recursos para aliviar a dor em indivíduos com osteoartrose, como por  		 exemplo, a termoterapia, eletroterapia, crioterapia, hidroterapia e  		 hidrocinesioterapia.
 
 O termo hidroterapia é derivado do grego hydor – água e therapia –  cura  		(SKINNER; THOMSON, 1985).
 
  A hidrocinesioterapia, de acordo com Mazarini e Bellenzani (1986), é a    		aplicação da água para fins terapêuticos, utilizando-se das   propriedades  		físicas como agentes da terapia. Skiner e Thomson (1985)  relatam que  as  		principais propriedades físicas da água são:  densidade e gravidade  		específicas, pressão hidrostática, empuxo,  tensão superficial,  		viscosidade, metacentro, turbulência, fricção e  refração, todas estas  		propriedades influenciam no tratamento.
 
  Os efeitos terapêuticos incluem o alívio da dor, relaxamento e  		 fortalecimento muscular. Exercícios em piscina aquecida reduzem as  		 chances de microtraumas, pois os movimentos são lentos e há uma falta   de  		forças excêntricas, além disso, as mudanças fisiológicas que são   		conseqüência da imersão em água aquecida, ajudam a reduzir a dor  		 percebida e aumentam a facilidade no movimento (BATES e HANSON, 1998).
 
  De acordo com Campion (1997), um corpo imerso em água aquecida, sofre   		estímulos diversos, que desencadeiam efeitos terapêuticos tais como:   		melhora da capacidade funcional dos músculos e articulações, melhora   da  		coordenação, equilíbrio, postura e dor.
 
 Segundo Ruoti,  Morris e Cole (2000), a terapia aquática oferece  inúmeros  		 benefícios: melhora da imagem corporal, desenvolvimento da  		 independência, melhora das condições físicas, auto confiança, melhora   da  		auto disciplina e oportunidade para auto expressão e criatividade.
 
  Pretende-se com a presente pesquisa, mediante estudo experimental,  		 verificar os efeitos de um programa de hidrocinesioterapia na dor em  		 pacientes com osteoartrose de joelho.  
 Palavras – chaves: Osteoartrose, Dor, Hidrocinesioterapia.
 
 
 
 2. Método
 
  Para a realização do estudo foram utilizados oito sujeitos do sexo  		 feminino. A variável dependente foi apresentada pela dor enquanto a  		 variável independente foi considerada o programa de   hidrocinesioterapia.
 
 2.1. Sujeito
 
  Foram sujeitos deste trabalho, oito indivíduos do sexo feminino, com  		 quadro clínico de osteoartrose de joelho e idade de 42 a 67 anos,  		 relatando dor. Foram utilizados como critérios de exclusão dos   sujeitos:  		hidrofobia, lesões cutâneas (feridas mal curadas e escaras)  e  		hipertensão arterial grave e instável (FIORELLI e ARCA, 2002).  Sendo  		também excluídos indivíduos com alterações visuais e cognitivas   		importantes.
 
 2.2. Materiais e Equipamentos
 
 * Ficha de avaliação (Anexo I)
 * Termo de consentimento (Anexo II)
 * Piscina terapêutica aquecida com temperatura variando entre 33 à  34ºC.
  * Aquatub
 * Bóia circular
 * Tornozeleiras flutuadoras
 
 
 2.3. Procedimento
 
  Vale ressaltar que foi solicitado o consentimento do Comitê de Ética   em  		Pesquisa da Universidade do Sagrado Coração (USC) e o estudo  começou  		somente após a obtenção da sua autorização (Protocolo nº  052/2004).
 
 O desenho experimental compreendeu de quatro etapas distintas e  		complementares.
 
 
 Etapa I: Avaliação dos sujeitos
 
  Inicialmente foi realizado um levantamento dos pacientes da lista de  	 	espera da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do Sagrado  		 Coração. Após isto, foram selecionados indivíduos com diagnóstico de  		 osteoartrose de joelho. Em seguida, o agendamento para realização da  		 avaliação. Os pacientes receberam o termo de consentimento e assinaram    		se concordaram a participar do estudo.
 
 Na avaliação foi  realizada inspeção da região do joelho. A  classificação  		da dor foi  feita seguindo a escala subjetiva de faces (Fig. 01), onde  		são  mostrados rostos com várias feições e o paciente indica como está  se  	 	sentindo em relação à dor após o terapeuta relatar o significado de   cada  		rosto apresentado na tabela. Por exemplo:
 
 
|  | 
| Fig. 01 Escala subjetiva de faces | 
| Rosto 1: Dor ausente ou sem dor. | 
 
 Etapa II: Programa de intervenção
 
  O programa foi realizado na clínica escola da Universidade do Sagrado   		Coração, em um período de 6 semanas, sendo 2 sessões semanais com  		 duração de sessenta minutos.
 
 Cada sessão foi subdividida em:  aquecimento, alongamento e  relaxamento.  		Os exercícios de alongamento  foram realizados na região lombo-sacra e  		membros inferiores,  totalizando de trinta minutos. O relaxamento  global  		teve duração de  dez minutos.
 
 O aquecimento foi composto por caminhadas (anterior, posterior e  		lateral) e teve duração de dez minutos.
 
  Os alongamentos tiveram a duração de quarenta minutos e foram   realizados  		nos seguintes grupos musculares: Tríceps Sural, Ísquio  Tibiais,  		Adutores, Quadríceps, Abdutores, Glúteos e Paravertebrais  Lombares.
 
 
 Etapa III: Reavaliação dos sujeitos
 
 As reavaliações foram realizadas na 6ª e 12ª sessões, onde foi  utilizada  		a mesma escala da etapa I.
 
 
 Etapa IV: Análise dos dados
  
 Para a análise dos dados, foi utilizado o teste não – paramétrico de  		Friedman, (NOERMAN; STREINER, 1994).
 
 
 
 3. Resultados e Discussão
 
 O trabalho apresentou resultados interessantes em relação a dor dos  		pacientes estudados.
  
  A tabela 1, nos mostra a mediana e semi-amplitude total da escala de  	 	face da dor antes, durante e após o programa de hidrocinesioterapia. O    		resultado das avaliações nos períodos antes/durante e durante/após  não   		apresentaram diferença , porém antes/depois do programa, os  dados  		mostraram evolução estatística significativa (p<0,01).
 
 Tabela 1. Mediana e semi-amplitude total da escala de faces da dor  		segundo o momento de avaliação.
 
| Momentos de Avaliação | Resultado da fonte estatística | ||
| Antes 3+/- 1b | Durante 2+/- 1ab | Após 2+/- 0,5a | 10,75 (p<0,01) | 
Estes dados podem ser explicados devidos alguns fatores.
A imersão em água aquecida interrompe o ciclo da dor, ou melhor, inibe a ação das substâncias geradoras da dor (serotonina, acetilcolina e bradicinina), aumentando a circulação e diminuindo os espasmos musculares (BATES e HASON, 1998).
A pressão hidrostática, associada a viscosidade estimula constantemente as terminações sensitivas do corpo. O bombardeamento do estímulo sensorial é conduzido através de fibras que são mais largas e mais rápidas e tem uma maior condutividade que as fibras da dor. Como resultado, a percepção de dor do paciente fica bloqueada, assim essa redução é uma das maiores vantagens da terapia aquática (BATES e HASON, 1998).
De acordo com Campion (2000), o empuxo alivia o estresse sobre as articulações sustentadoras de peso e permite que se realize movimentos em forças gravitacionais reduzidas; dessa forma, as atividades que não sustentam peso podem ser iniciadas antes mesmo de serem possíveis no solo.
Para Caromano e Ide (2003) apud Junior e Geremias (2003), os movimentos na água são geralmente associados ao objetivo terapêutico, com a normalização de amplitudes de movimento, força e tônus muscular.
O relaxamento integral promove a diminuição da tensão, espasmo muscular e principalmente um desligamento mental ocasionando aumento no limiar da dor (DULL, 1993).
De acordo com Bertolucci (1999) apud Junior e Geremias (2003), o alongamento muscular é capaz de aumentar o número de sarcômeros, adicionando-os em série no ventre muscular. Este aumento, por conseguinte, aumentaria a amplitude de ação do músculo e auxilia na redução da dor.
No estudo realizado por Larini e Pelegrin (2001), onde estudaram os efeitos da hidrocinesioterapia na dor em indivíduos com DORT, duas vezes por semana durante oito semanas, verificaram uma melhora significativa na evolução da dor. Estes dados coincidem com a presente pesquisa.
No estudo realizado por De Vito e Poletti (2002), onde estudaram os efeitos da hidrocinesioterapia na dor em indivíduos com fibromialgia, duas vezes por semana durante oito semanas, verificaram uma melhora significativa na evolução da dor.
Mesmo não sendo o foco principal deste estudo, deve-se levar em consideração que a melhora da dor conseqüentemente vai promover uma melhora na qualidade de vida dos participantes.
Além disso, como foi dito anteriormente, 52% da população apresenta sinais de osteoartrose e a hidrocinesioterapia é um recurso que vai promover uma vida mais saudável para todas essas pessoas.
4. Conclusão
Com os resultados obtidos, pode-se concluir que a aplicação do protocolo de tratamento utilizado neste estudo demonstrou eficiência, pois houve redução significativa da dor relatada no inicio da pesquisa em indivíduos com osteoartrose de joelho.
5. Referências bibliográficas
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BORG, G. Escala de Borg para dor e esforço percebido. São Paulo: Manole, 2000.
CALLIET, R. Dor: Mecanismo e Tratamento. São Paulo: ArtMed, 1999.
CAMPION, M. R. Hidroterapia Princípios e Prática. São Paulo: Manole, 2000.
DE VITO, L.; POLETTI, V. M. A hidrocinesioterapia na síndrome da fibromialgia. 2002, 16p. Trabalho de Conclusão de Curso (Fisioterapia) – Universidade do Sagrado Coração, Bauru.
DULL, H. WATSU: Freeing the Body in Water. Middle-town, Califórnia: Harbin Springs, 1993.
FIORELLI, A.; ARCA, E. A. Hidrocinesioterapia Princípios e técnicas terapêuticas. Bauru: EDUSC; São Paulo: Imprensa Oficial Do Estado, 2002.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
JUNIOR, A. S. A.; GEREMIAS, V. C. Efeitos da Hidroterapia na Osteoartrose de Joelho. Fisio Magazine, Londrina, v.1, n.1 , p.12-15, nov.2003/set. 2004.
LARINI, K. C. P.; PELEGRIN, E. A. L. Efeitos da hidrocinesioterapia na dor em indivíduos com distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. 2001. 15p. Trabalho de Conclusão de Curso (Fisioterapia) – Universidade do Sagrado Coração, Bauru.
MAZARINI, C.; BELLENZANI, A. N. Eu Aprendi a Nadar. In: Psicomotricidade Teoria e Prática: Estimulação, Educação e Reeducação Psicomotora com Atividades Aquáticas. São Paulo: Lovise, 1986.
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SERRA GABRIEL, M. R; PETIT DÍAZ, J.; CARRIL SANDE DE, M.ª L.. Fisioterapia em traumatologia ortopedia e reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.
RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE, A. J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000.
SALTER, R. B. Distúrbios e lesões do sistema músculo-esquelético. 2.ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1985.
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YOSHINARI, N. H.; BONFÁ, E. S. D. O. Reumatologia para o clínico. São Paulo: Roca, 2000.
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